- Distrito: Faro
- Concelho: Lagos
- Freguesia: Odiáxere
- Local: Odiáxere
Lote de Terreno Construção de moradia unifamiliar, em Odiáxere, a 15 minutos do centro de Portimão.
Inserido em zona residencial junto a creche, escola do 1º ciclo, bombeiros e Centro recreativo.
Para além de um parque de estacionamento dedicado aos moradores existem, também, 2 BBQ e um parque de merendas comunitários.
CURIOSIDADES:
«A Lenda do Palácio sem portas»
No caminho para Odiáxere, perto de Lagos, havia em tempos uma horta e dentro desta um prédio alto muito estranho. Não tinha uma única abertura: janelas e portas eram falsas e telhado também, e constava que a bizarra construção durou alguns séculos sem que alguém dele fizesse uso.
A horta da nossa lenda pertencia a uma pobre família que nada mais possuía e que habitava nuns casebres, sobrevivendo com grande dificuldade, recorrendo ao cultivo da terra.
Quando a família para lá se mudou, um estranho mouro começou a aparecer à mulher sempre que não havia ninguém por perto, acenando-lhe para que se aproximasse.
Assustada, ela fugia, no entanto o mouro seguia-a sempre até casa.
Um dia, cansada e extremamente assustada, a mulher resolveu contar tudo ao marido. Ele, esperto, recordando outros relatos que já ouvira, apercebeu-se de imediato que se tratava de um mouro encantado, em busca de ajuda.
Desta forma, convenceu a sua mulher a ouvi-lo. A mulher assim o fez. Quando o mouro se abeirou dela, ela perguntou o que pretendia ele e calmamente o mouro explicou-lhe que havia muito tempo que estava encantado, à espera de quem o ajudasse.
Mais, referiu ainda que quem o desencantasse receberia um tesouro em ouro e pedras preciosas.
Eufórica a mulher quis saber como o poderia ajudar, tendo o mouro pedido a construção de um edifício com portas e janelas que não pudessem ser abertas e telhado sem telha. De seguida, prosseguiu, assim deveria permanecer o edifício durante cem anos, sem que ninguém dele fizesse uso.
Desalentada, a mulher voltou a casa, contando tudo ao marido. Na verdade, não tinham dinheiro para nada, sem falar no facto da chacota que sofreriam por parte das pessoas vizinhas.
Apesar disso, o marido não hesitou:
- Avancemos mulher! Trabalharemos afincadamente para construir esse prédio, empenhando o que for preciso!
Assim fizeram. Depois de muito tempo de sacrifício, o prédio ficou pronto e um dia, o mouro voltou a aparecer à mulher. Depois, levantando uma enorme laje que havia no chão e na qual ela nunca reparara, revelou um tesouro cheio de ouro e jóias.
Cumprindo a sua palava, entregou-o à mulher, despedindo-se dela com um beijo.
Porém, o beijo não era inocente. Era um beijo de fogo que logo lhe queimou a garganta, de tal forma, que ela não mais conseguiu ingerir alimentos sólidos. Passados meses de sofrimento atroz, deixou de lutar. Fechou os olhos e morreu...
Marido e filhos choraram a sua morte, mas o tempo cumpriu o seu papel, aliviando a dor até a esquecerem, ficando ricos e felizes.
Quanto ao prédio, continuou intacto e estranho, mais de cem anos pelo que dizem, já que na verdade os seus proprietários não quiseram correr o risco de ver evaporar-se a sua fortuna.
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